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terça-feira, 10 de novembro de 2009

A DEUSA, A MÃE DIVINA


Mãe Divina,
Interpenetre os nossos centros vitais, os nossos pensamentos, sentimentos e energias.
Que nossos chacras sejam Seus!

Mãe,
Entra em nossos ossos, nosso sangue, nossas células e enche de amor os nossos corpos.
Faz de nós os seus avatares*, para que a Sua Luz verta a favor do bem de todos.
Cinge nossas cabeças com a sabedoria, unge nossos corações com a compaixão e transforma os nossos corpos em templos vivos de paz e de luz.

Mãe,
Vem deslizar em todos nós, em nossas águas vitais, com a embarcação do Seu Amor.
Senhora da luz e das águas curativas, abre os portais celestes e verte as essências de amor incondicional sobre a humanidade.
Une os nossos corações ao Seu Coração!
Semeia tudo de bom no terreno de nós mesmos, no centro do espírito.

Mãe Divina,
Que assume muitas formas, de acordo com a Sua vontade (Kwan-Yin, Maria, Yemanjá, Jagadamba, Kali, Ananda, Mataji e tantas outras deusas maravilhosas), abençoe
todos nós, encarnados e desencarnados, terrestres e extraterrestres, anjos e homens...

Sob a luz me fiz nascer,
Deixando o casulo cósmico, voltei.

Refiz vestes e sonhos.
Busquei o amor e sonhei.
Amei e fui amada,
Desejei e fui desejada.

Voltei-me em vórtices contínuos
Transformei-me!
Pressenti a luz em mim,

Fecundei!
Pari as dores de ser.

Reparti cantos, danças e canções de ninar.
Embalei, contei histórias, falei da Deusa.
Da água, do fogo, do ar e da terra.

Arei, semeei e colhi.
Rompi barragens e deixei-me fluir.
Percebi minha serpente e minha águia.
Acalentei-as!

Percebi meus rios internos na cor de escarlate,
Abençoei-os!
Fertilizei meus sonhos,
Libertei minha liberdade, sem medos, sem bagagens.

Desbravei minha alma.
Busquei a luz!
Refiz mapas, tracei metas, divaguei em trilhas.
Fiz-me mulher!

Hoje, aquieto-me sob brumas.
Serenamente me entrego,
Num sopro ardente e de ardor lunático .

E ela, a Lua, arde em mim.
Vibra, sopra segredos envolventes.
Sinto-me estrela.
Sinto-me cúmplice do universo.

Bebo o vinho da noite em celebração.
Reparto o pão doando a vida.

E um dia, então, ela, a lua
Cobrirá meus negros cabelos de branca luz´.

E neste exato momento serei apenas um ponto,
Uma partícula a confundir-se com
Uma estrela no leito celeste.

(Graça Azevedo)

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