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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Proteção Espiritual


por Maria Silvia Orlovas


A história que vou contar aconteceu com uma amiga e fiquei muito impressionada com o aprendizado que esta moça teve quando abriu sua percepção para aprender as lições que o mundo oferece. Obrigada, Simone, por compartilhar conosco sua vivência.

Simone é uma executiva cheia de compromissos profissionais como muitos de nós. Uma moça bonita, com uma filha de 10 anos e, agora, casada pela segunda vez, espera a chegada do seu segundo filho, e encara este momento como muito especial...

Afinal, de novo, está abrindo seu coração para o amor e a maternidade.

Mas como a vida não pára e tudo continua, estejamos ou não preparados para os desafios, ela não consegue tempo curtir esse momento especial. Continua trabalhando muito, correndo de um lado para outro para cumprir com todas suas obrigações.

No meio de tudo isso, surgiu no seu trabalho um desagrado com um colega, um desgaste profissional que ela entendeu como algo errado que a outra pessoa fez tentando atingi-la e, sentindo que havia maldade, ficou com muita raiva, tendo uma crise de dor de cabeça, chegando a passar mal. Sabendo das conseqüências desse tipo de energia, rezou, tentou mudar a vibração, fez mantras, enfim, usou de toda sua boa vontade para neutralizar o ocorrido.

Porém, quando teve novamente que se encontrar com a pessoa ressurgiu a raiva, porque a pessoa era dissimulada, falsa, fazia de conta que nada tinha acontecido. E, ela sabendo de tudo, não conseguiu se segurar. Claro que não falou nada. Manteve a postura alinhada e profissional.

Num determinado momento, na tensa reunião, o colega disse assim:

- "Nossa me deu uma tontura!"

Sabendo dos seus sentimentos e da hipocrisia do colega, entendeu o que estava acontecendo... Ela mesma é que estava emanando aquela vibração e que o outro sentira sua raiva. Chateada, foi embora com uma terrível dor de cabeça e, como estivesse grávida, nem remédio podia tomar. Sentindo-se desprotegida e triste, pediu ajuda aos mentores espirituais. Não entendia como não fora resguardada desta situação tão negativa. Não entendia também o seu mal estar, pois sabia que veio do confronto energético com o colega. Como não foi protegida?

O mentor explicou que os guias espirituais não podem proteger as pessoas delas mesmas. Explicou que havia entre ela e esta pessoa um encontro kármico e um aprendizado. E que o pior não fora a atitude do colega e, sim, a raiva que brotou dentro do coração dela, pois raiva alimenta mais raiva... já que a nossa reação nos mantêm presos ao karma.

Tenho certeza que Simone, depois de ter aberto seu coração para o grupo contando essa história, está mais fortalecida. Pois não mudamos as pessoas, nem conseguimos neutralizar as forças negativas que os outros emanam, mas podemos nos proteger quando não permitimos que o mal reverbere dentro de nós.

Todos temos o impulso de reagir frente à negatividade, porque compreendemos que temos que nos proteger, mas a defesa mais intensa é perceber as ações e intenções do mundo à nossa volta, e ter a sabedoria de não aceitar o convite para o confronto.

Cuidar de você muda o ambiente à sua volta, mas não impede o aprendizado!

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